terça-feira, 14 de julho de 2009

O Catecismo da Igreja Católica

O primeiro Catecismo foi aprovado após o Concílio de Trento pelo Papa São Pio V (1545 a 1563), foi um total de 12 anos para ser elaborado. Quase 500 anos depois, somente em 1985 o Papa João Paulo II convocou um Sínodo extraordinário, recordando os 20 anos do Concílio Vaticano II (1963´1965). Na ocasião surgiu no coração dos Padres o desejo de um Catecismo ou compêndio que abordasse a doutrina católica de forma geral, servindo de referência para os catecismo ou compêndios a serem preparados em diversos lugares do mundo.

Após o Sínodo, o papa João Paulo II deu início ao trabalho de formulação do CIC, confiou ao Cardeal Joseph Ratzinger em 1986 a responsabilidade de presidir uma Comissão composta por doze cardeais e bispos. Esta equipe contou com uma Comissão de redação, formada por sete bispos diocesanos peritos em teologia e catequese.

No dia 11 de outubro de 1992, seis anos após o início do CIC, o Papa João Paulo II entregava aos fiéis de todo o mundo o Catecismo da Igreja Católica em língua francesa através da Constituição Apostólica Fidei Depositum, apresentando-o como «texto de referência» para uma catequese renovada nas fontes vivas da fé. A trinta anos da abertura do Concílio Vaticano II (1962-1965), completava-se assim o desejo expresso em 1985 pela Assembléia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, para que fosse composto um catecismo de toda a doutrina católica quer no tocante à fé quer no que se refere à moral.

Cinco anos depois, a 15 de Agosto de 1997, através da Carta Apostólica "Laetamur Magnopere" a edição típica Latina do Catecismo da Igreja Católica, é entregue pelo Sumo Pontífice confirmando a finalidade fundamental da obra: «Apresenta-se como exposição completa e íntegra da doutrina católica, que permite a todos conhecer o que a mesma Igreja professa, celebra, vive, reza na sua vida cotidiana»

O Catecismo é dividido em quatro partes, que podemos dizer são os pilares da nossa fé.

A primeira parte, intitulada «A profissão da fé», é uma síntese adequada da lex credendi, isto é, da fé professada pela Igreja Católica, retirada do Símbolo Apostólico ilustrado com o Símbolo Niceno-Constantinopolitano, cuja proclamação constante nas assembléias cristãs mantém viva a memória das principais verdades da fé.

A segunda parte, intitulada «A celebração do mistério cristão», apresenta os elementos essenciais da lex celebrandi. O anúncio do Evangelho encontra a sua resposta privilegiada na vida sacramental. Nela os fiéis experimentam e testemunham em cada momento da sua existência a eficácia salvífica do mistério pascal, por meio do qual Cristo realizou a obra da nossa redenção.

A terceira parte, intitulada «A vida em Cristo», chama a atenção para a lex vivendi, isto é, para o empenho que os batizados têm de manifestar nas sua: atitudes e nas suas opções éticas de fidelidade à fé professada e celebrada. Os fiéis são chamados pelo Senhor Jesus a agir de acordo com a sua dignidade de filhos de Deus Pai na caridade do Espírito Santo.

A quarta parte, intitulada «A oração cristã», apresenta uma síntese da lex orandi, isto é, da vida de oração. A exemplo de Jesus, o modelo perfeito do orante, também o cristão é chamado ao diálogo com Deus na oração, de cuja expressão privilegiada é o Pai-nosso, a oração que o próprio Jesus nos ensinou.

Estarei postando nesse blog artigos retirados do C.I.C. para que possamos conhecer juntos a Igreja Católica e seus ensinamentos, pois só conseguimos amar quando conhecemos.

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